Rio de janeiro, o que dizer desta cidade maravilhosa?
Para começar vamos deixar a hipocrisia de lado, e ter a consciência de que todas as pessoas que fumam unzinho de vez em quando, ou cheira sua carrerinha inocente na balada tem uma parcela de culpa em tudo o que está acontecendo, todas essas pessoas ajudam a puxar o gatilho e a matar pessoas inocentes, é, eu sei que dói, mais essa é a verdade.
Então a culpa é de quem, dos usuários de drogas? Sim, mas não só deles, na verdade a maior parte da culpa é do governo, governo esse que proíbe a venda de drogas, e que é absurdamente corrupto e corruptível, esses sim são os verdadeiros Filhos da Puta, esses é que deveriam estar sendo caçados, mas não, político não vai preso, político não é esculachado, não no nosso país.
E aqui nos pecamos pelo excesso de paciência, achamos magnífico a policia entrando morro adentro matando bandidos (e pessoas inocentes também), mas se quer paramos pra pensar em quem são os verdadeiros bandidos e culpados por tudo isso, (Hipocrisia do caraleo).
O que está sendo feito lá, de policia invadindo morros, e fuzileiros navais terem sido chamados não é o certo, também não é o errado, só que isso não vai resolver o problema.
Mas o que me revolta mesmo é neguinho que fala que o que está sendo feito é o certo mesmo, que tem que entra lá e mata todo mundo.FILHO DA PUTA!!!! Você não mora lá, você não sabe como é passa por esse tipo de situação, andar na rua com medo de morrer, e eu tenho certeza que esse tipo de gente que fala isso, são os mesmos hipócritas que acham que não tem culpa nenhuma no que está acontecendo, acham que seu bazeadinho não causa mal a ninguém, que sua carrerinha no fim de semana é inocente, é esse tipo de pensamento que me da mais revolta.
A maioria das pessoas tem culpa no que está acontecendo lá, assim como eu, só que eu não sou filho da puta de ter um pensamento desses, nem hipócrita de não reconhecer essa parcela de culpa.
Rio de janeiro, cenário imperfeito, perfeito pra se inspirar.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Autocrítica
Você é um sujeito desagradável, que só pensa em si mesmo, e que faria qualquer coisa (quando digo qualquer coisa é qualquer coisa mesmo) só para conseguir o que quer, você afasta as pessoas de você, ninguém te suporta e os que julgam conseguir tal proeza não sabem o mal que estão cometendo a eles próprios.
Quanta arrogância, quanta prepotência, quanto egocentrismo, você não deveria nem ter nascido, na faria falta alguma.
Você é ambicioso demais, fala palavrão demais, critica demais, pensa demais (sabe lá o que) e pra ser sincero não vejo estar fazendo força alguma para mudar isso, talvez nem o queira, talvez até goste de viver assim, de ser assim, talvez sinta até prazer.
E por ser assim como é, assim deve viver, só.
Definição de autocrítica
Autocrítica / s.f
Fem. Sing. De autocrítico
CAPACIDADE para criticar a si próprio.
Quanta arrogância, quanta prepotência, quanto egocentrismo, você não deveria nem ter nascido, na faria falta alguma.
Você é ambicioso demais, fala palavrão demais, critica demais, pensa demais (sabe lá o que) e pra ser sincero não vejo estar fazendo força alguma para mudar isso, talvez nem o queira, talvez até goste de viver assim, de ser assim, talvez sinta até prazer.
E por ser assim como é, assim deve viver, só.
Definição de autocrítica
Autocrítica / s.f
Fem. Sing. De autocrítico
CAPACIDADE para criticar a si próprio.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Parentes
"Certo, então vou dizer.
Para começar, já que não preciso mais medir palavras, vou dizer que não suporto a maioria desses que chamamos de parentes. E digo a maioria com alguma concessão, não querendo ser injusto, ainda que nenhum nome me ocorra agora para justificar tal anuência. Não suporto não porque os queira mal, afinal uma coisa nada tem a ver com a outra, e por ser tão cansativa a simples idéia de ter que explicar o que quero dizer, peço, por favor, que pense um pouco antes de perguntar. Não os quero mal, mas o bem que quero é o mesmo que quero a todas as pessoas de bem: saúde, prosperidade, honestidade, e que vivam seus dias em completa paz, criando a si mesmo e aos seus da mesma forma; mas entenda que não mantenho relação afetiva alguma com essas pessoas, e que o fato de carregarem o mesmo sobrenome que eu – ou eu o delas, tendo vindo depois – é mera casualidade, um joguete do destino. Não duvido que tenham por mim algum apreço, mas não creio que, em sua completa lucidez e honestidade, essas mesmas pessoas possam chamá-lo amor, ainda que assim o afirmem aos quatro ventos e à quantas pessoas mais lhe cruzam o caminho.
Se me pede que justifique o que digo, se é que é caso para tal, mostro-lhe o que, afinal, sempre esteve em frente aos seus olhos: os almoços dominicais com assuntos triviais, aqueles que continuam a tratar-me como se eu tivesse oito ou dez anos de idade, as piadas das quais não ri nem mesmo na primeira vez em que foram contadas e que continuam sendo repetidas à exaustão; a falsa cumplicidade nas conversas sobre os supostos negócios da família (nos quais, por convicções pessoais, nunca quis tomar parte) e as promessas mentirosas de visitas no final de semana seguinte ou quem sabe no próximo. Olhares que não encontram os meus há anos e que, supõe você,deveriam manter um laço inviolável, incorruptível, mas que são tão vazios quanto aqueles das pessoas que encontro em um momento qualquer do dia, no caminho entre aqui e ali.
Peço que não leve a mal este desabafo, mas apenas que compreenda que cumplicidade, laços, empatia, são coisas que partem de um princípio, partem de interesses em comum, e que a partir daí se formam. Não é coisa que se possa forçar, que se conquiste pela insistência: tal vai apenas gerar constrangimento, aborrecimento e, por que não, frustração. Pertencermos à mesma família não significa termos interesses comuns, não nesses dias em que crescemos uns aqui e outros lá, telefonando quando é conveniente, mas por nenhum outro motivo que não esse. Por favor, entenda que me aborrece a condescendência, que me irrita ver que usamos de dois pesos e duas medidas para julgar os nossos – como você nos chama, ainda que não o admita – e os outros; condescendência essa que não é diferente daquela que leva nosso país à ruína, que admite exceções morais, que considera-se acima do julgamento de quaisquer outros.
Gostaria que respeitasse quando digo que prefiro estar na companhia daqueles que conheci ao longo do caminho, que não são melhores do que ninguém, mas são aqueles que fizeram escolhas parecidas com as minhas, que buscam valores parecidos com os meus e, mais ainda, por caminhos que eu, se não percorri, poderia percorrer sem o medo de perder minha identidade, sem a sensação de estar violando qualquer nuance da essência que faz de mim quem sou e que, confesso, estou ainda procurando.
Não falo por bem, não falo por mal. Falo apenas por ser com é.
E espero que, ainda que o que digo encontre alguma resistência em seus olhos, você tenha a lucidez de perceber que não há amargura alguma em minhas palavras: apenas a pura e mais honesta das verdades: a mesma que, como um paladino, você afirma reclamar.
Abraços."
Para começar, já que não preciso mais medir palavras, vou dizer que não suporto a maioria desses que chamamos de parentes. E digo a maioria com alguma concessão, não querendo ser injusto, ainda que nenhum nome me ocorra agora para justificar tal anuência. Não suporto não porque os queira mal, afinal uma coisa nada tem a ver com a outra, e por ser tão cansativa a simples idéia de ter que explicar o que quero dizer, peço, por favor, que pense um pouco antes de perguntar. Não os quero mal, mas o bem que quero é o mesmo que quero a todas as pessoas de bem: saúde, prosperidade, honestidade, e que vivam seus dias em completa paz, criando a si mesmo e aos seus da mesma forma; mas entenda que não mantenho relação afetiva alguma com essas pessoas, e que o fato de carregarem o mesmo sobrenome que eu – ou eu o delas, tendo vindo depois – é mera casualidade, um joguete do destino. Não duvido que tenham por mim algum apreço, mas não creio que, em sua completa lucidez e honestidade, essas mesmas pessoas possam chamá-lo amor, ainda que assim o afirmem aos quatro ventos e à quantas pessoas mais lhe cruzam o caminho.
Se me pede que justifique o que digo, se é que é caso para tal, mostro-lhe o que, afinal, sempre esteve em frente aos seus olhos: os almoços dominicais com assuntos triviais, aqueles que continuam a tratar-me como se eu tivesse oito ou dez anos de idade, as piadas das quais não ri nem mesmo na primeira vez em que foram contadas e que continuam sendo repetidas à exaustão; a falsa cumplicidade nas conversas sobre os supostos negócios da família (nos quais, por convicções pessoais, nunca quis tomar parte) e as promessas mentirosas de visitas no final de semana seguinte ou quem sabe no próximo. Olhares que não encontram os meus há anos e que, supõe você,deveriam manter um laço inviolável, incorruptível, mas que são tão vazios quanto aqueles das pessoas que encontro em um momento qualquer do dia, no caminho entre aqui e ali.
Peço que não leve a mal este desabafo, mas apenas que compreenda que cumplicidade, laços, empatia, são coisas que partem de um princípio, partem de interesses em comum, e que a partir daí se formam. Não é coisa que se possa forçar, que se conquiste pela insistência: tal vai apenas gerar constrangimento, aborrecimento e, por que não, frustração. Pertencermos à mesma família não significa termos interesses comuns, não nesses dias em que crescemos uns aqui e outros lá, telefonando quando é conveniente, mas por nenhum outro motivo que não esse. Por favor, entenda que me aborrece a condescendência, que me irrita ver que usamos de dois pesos e duas medidas para julgar os nossos – como você nos chama, ainda que não o admita – e os outros; condescendência essa que não é diferente daquela que leva nosso país à ruína, que admite exceções morais, que considera-se acima do julgamento de quaisquer outros.
Gostaria que respeitasse quando digo que prefiro estar na companhia daqueles que conheci ao longo do caminho, que não são melhores do que ninguém, mas são aqueles que fizeram escolhas parecidas com as minhas, que buscam valores parecidos com os meus e, mais ainda, por caminhos que eu, se não percorri, poderia percorrer sem o medo de perder minha identidade, sem a sensação de estar violando qualquer nuance da essência que faz de mim quem sou e que, confesso, estou ainda procurando.
Não falo por bem, não falo por mal. Falo apenas por ser com é.
E espero que, ainda que o que digo encontre alguma resistência em seus olhos, você tenha a lucidez de perceber que não há amargura alguma em minhas palavras: apenas a pura e mais honesta das verdades: a mesma que, como um paladino, você afirma reclamar.
Abraços."
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